sábado, 2 de maio de 2009

Todos querem ser Vik Muniz ( Mas saber e não fazer é não saber)

Ontem fui à exposição do Vik Muniz no Masp. Sempre me interessei pelo trabalho dele desde a primeira vez que li uma entrevista sua na Trip de uns dez anos atrás.
Já havia ido a algumas outras exposições dele -bem menores-, enfim.
Ontem estava com uns amigos e rolaram várias discussões no decorrer do percurso ( com muuuuita fila...)

Primeira delas: o que ele faz é arte original ou uma mera reconstrução de algo já criado?

Segunda: As imagens são manipuladas?

Terceira: Os diamantes são de verdade?

Quarta: Será que qualquer um não seria capaz de colocar um monte de peça de computadores velhos em cima de um desenho do mapamundi?

Minha resposta, como a mais leiga das leigas no quesito artes plásticas: tanto faz.

O que conta é o quanto as obras dele te instigam, te aguçam a curiosidade de descobrir como ele chegou ao resultado final e a mensagem que muitas passam. O quanto a gente despreza as coisas mundanas, que podem sim serem transformadas em obras de arte.

E não me interessa muito que tudo faça sentido. Que tudo tenha uma explicação. Nem que tudo seja original.

Vik Muniz muitas vezes se baseia em obras conhecidas e as recria sobre outra ótica. Isso é fato. Mas e se qualquer um pode fazer uma obra de arte como Vik Muniz, por que ninguém nunca fez?

Saber e não fazer é não saber.

A realidade não existe. O que existe é a percepção da realidade. E aí não importa se os diamantes são verdadeiros ou da 25 de Março.




1 comentário:

  1. li o post... curti, gosto mais quando o texto esta relacionado à solidao ou o fato de estar sozinho ou relativamente só.

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