sexta-feira, 11 de setembro de 2009

CHANTILLY?


Adoro observar as pessoas em restaurante. E se estou próxima sempre fico antenada tentando escutar a conversa alheia.

Se isso acontece quando estou acompanhada, imagina quando estou sozinha!


O que acho curioso é justamente aqueles casais que mal trocam olhares durante o jantar. Palavras, então. Artigo de luxo. Normalmente é visível quando o casal está brigado. Mas quando percebo que eles simplesmente são assim, fico chateada. Chateada porque não existe coisa mais triste que um casal sem assunto pra um jantar romântico.


Sábado fui sozinha a um bistrô muito gostoso. E sentei na mesa ao lado de duas mulheres. Pela semelhança física deveriam ser mãe e filha. Sem brincadeira, até eu que estava sozinha, falei mais durante aqueles 60 minutos. Elas não trocavam uma palavra! Chegou a salada. Chegou o prato principal, o segundo suco. E nada. Daí, sem mais nem menos, a mãe levanta e vai em direção ao banheiro. Antes de sair da mesa nem um "vou fazer xixi". Nesse meio tempo a sobremesa chegou - a mesma que eu havia pedido-. Quando a mãe voltou e viu o merengue com morango no prato disse:

- Chantilly?

A filha concordou com a cabeça e só então tive a certeza que elas não eram surdo-mudas. Resumindo: elas ficaram uma hora comendo uma comida deliciosa sem sequer trocarem olhares de cumplicidade ou pequenos comentários sobre o ponto da carne, que fosse.


Toda essa história era só pra mostrar que a solidão e o silêncio estão dentro de cada um de nós.

Certamente, quem chegava ao restaurante e me via só numa mesa pensava: - Coitada! Almoçando sozinha em pleno sábado...


Mas sinceramente duas pessoas sem assunto uma com a outra são e estão muito mais sozinhas que qualquer pessoa desacompanhada.


Eu estava só, mas devo confessar que não preciso de muito mais que uma taça de vinho e outra de morango com chantilly pra ter um almoço gostoso. Mais duas pequenas coisas que descobri me darem aquele enorme prazer da pequena felicidade cotidiana.




PS: Desculpem pela ausência. Agora voltei com força total. Em breve novidades internacionais!!!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A DOIS NINGUÉM ESTÁ SOZINHO?


Aproveitando o gancho do post anterior, vou explicar melhor o meu cansaço de cuidar de tudo sozinha.


Nesses últimos dias tem me dado tanta vontade de virar a casaca! Trocar o nome do blog pra http://adoisninguemestasozinho.blogspot.com/


Cansa ter que cuidar de absolutamente tudo. Da compra do sabão, passando pela banana, pasta de dente, até o pagamento do plano de saúde. E chegar em casa e ela estar exatamente como você a deixou quando saiu. Ou seja. Uma bagunça. Uma bagunça porque a faxineira só vem de sexta-feira. E fora ela, ninguém mais passa por aqui.


É horrível a sensação de perceber que a geladeira não fica cheia sozinha!


Sei que sempre ergui a bandeira de viver sozinha! E continuo achando muito bom! Mas só agora a ficha do lado ruim está caindo.


Quis compartilhar isso pra ninguém me acusar depois de fazer propaganda enganosa.

Mas apesar de tudo, o saldo ainda está positivo! Ainda vale a pena ser minha única companhia em casa. Ou, como diz o povo do telemarketing, ainda está valendo.

LIVING ALONE - PART II


A revista que indiquei no comecinho do Blog, Living Alone, é super difícil de se encontrar.Além dela ser bimestral está em poucas bancas de São Paulo. Desde junho que procuro-a e só hoje, em agosto, encontrei a “nova” edição ( que saiu em junho!)


É uma edição especial de aniversário, com a Carolina Ferraz na capa. Sinceramente acho que, não sei se pelo simples fato de ser uma edição comemorativa, mas a revista largou mão dos assuntos aos quais supostamente ela teria que se dedicar. De living alone teve apenas uma matéria. Na verdade um artigo da Teté Ribeiro falando do living alone em Nova York.


Fora isso, só matérias que poderiam ter saído em qualquer outra revista de variedades.

Tudo bem, não precisa segregar o povo que mora sozinho , fazendo uma revista repetitiva com variações sobre o mesmo tema. Mas há taaaaaanto assunto que seria de muito mais utilidade. A partir do momento que um veículo de comunicação se intitula “A revista pra quem mora sozinho” é de se esperar outro tipo de matérias. Algo a mais. Um consolo nas horas difíceis. Um humor nas horas tristes. Uma confidente. Uma identificação. Uma conselheira.


Mas enfim. Vou dar uma chance pra próxima edição.


No mais, continuo por aqui. Confesso que às vezes um pouco cansada de cuidar de tudo sozinha.

sábado, 15 de agosto de 2009

Versos Rasgados

A solidão me fez voltar a gostar de escrever poesias.

A partir de agora publico-as no http://versosrasgados.blogspot.com

Passem por lá!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Uma manhã de domingo sozinha no Rio


Passei o último final de semana no Rio de Janeiro. Dei uma sorte danada, pois após uma semana se tempo ruim tava um sol lindo.
Fiquei hospedada na casa de um amigo. Fizemos várias coisas juntos: restaurantes, teatro, festa e praia.


O ponto onde quero chegar não é nem um pouco turístico. Também não pretendo botar mais fogo na eterna competição paulistas x cariocas.


O assunto do blog é outro. Então vamos lá.


No domingo era Dia dos Pais. Obviamente meu amigo foi almoçar com a família. Eu aproveitei pra ir pra praia. Peguei um táxi e desci no Leblon. E aí começou o meu “estudo do meio”.


No Rio é muito mais difícil ver pessoas sozinhas que em São Paulo. Não sei se é pela cultura de rua, onde você conhece mais gente, pelo fato da cidade ser menor. Não sei.


Mas na praia era um ou outro que, como eu, estava só numa canga lendo jornal O Globo e comendo biscoito Globo(que são excelentes companhias!). A maioria tava em casal, em turma, em família.


Depois saí da praia e fui almoçar num restaurante ali perto, onde os pratos são pequenas porcões individuais. Perfeito pra quem está comendo sozinho. Mas não. Eu era a única.


Acho que as formas de lazer cariocas são muito mais comunitárias que as paulistas.


Tem uma estrofe de uma música do Zeca Baleiro que diz : “ mais solitário que um paulistano”.

O paulista pode ser mais só. Mas acho que a solidão combina mesmo mais com São Paulo que com o Rio de Janeiro. Não me pergunte por que. Mas a minha solidão é mais feliz na terra da garoa que na cidade maravilhosa.

domingo, 2 de agosto de 2009

MSL


Esses dias tava conversando com uma amiga recém-solteira e chegamos a uma conclusão simples porém que faz todo o sentido. Descobrimos a melhor coisa de não ter namorado e morar sozinha: não ter que dar satisfação para ABSOLUTAMENTE ninguém. No caso dela, percebeu essa dádiva quando estava saindo de uma peça. Encontrou uma amiga que convidou-a para jantar com um grupo de amigos. Sua primeira reação foi negar o convite. Mas 30 segundos depois pensou: “Por que não vou? Não tenho nada pra fazer em casa.” Na verdade, primeiro ela disse que não no automático, acostumada a anos e anos de marcação dura. Resumo da ópera: ela foi no tal jantar, se divertiu muito e voltou pra casa às 4 da manhã. O melhor: não tinha ninguém no quarto com aquela cara de com quem você estava me traindo até essa hora?


Fiz toda essa introdução para ilustrar melhor o meu sábado. Como trabalhei até muito tarde na sexta , acordei meio-dia. A única coisa que tinha marcada era uma despedida com colegas de um trabalho que acabou. Cheguei lá por volta das 13:00. Lá pelas 14:00 recebo uma mensagem de um amigo: Sinuca hoje às 20:00?. Nem pensei duas vezes e respondi que sim. A despedida acabou, peguei meu Guia da Folha e fui ver um filme ali perto ( falo disso em outro post amanhã). Depois fui até a Fnac comprar umas coisas e quando vi já estava na hora da sinuca.
Ficamos lá até às 2 da manhã. Fomos pra um bar do lado e ficamos mais uma hora. Terminamos a noite numa padaria comendo pizza. Às 4 e meia cheguei em casa e não havia ninguém no quarto fazendo a famosa cara de com quem você estava me traindo até essa hora?

Saí de casa antes das 13:00 e voltei de madrugada. Não dei satisfação pra ninguém o dia todo. Isso sim é liberdade.

MSL. Movimento pelo Sábado Livre.

terça-feira, 28 de julho de 2009

ÁGUA


Mais uma vantagem de morar só: o valor das contas. Esse mês minha conta de gás veio R$6,43.

Obviamente isso também prova que eu estou passando a milhas de distância do fogão.


PS: Quando eu estava tirando as fotos da conta percebi uma coisa…A conta do gás traz impressa uma expressão que irrita muito a mim e a um amigo quando pedimos água em qualquer restaurante: "Com gás ou natural?" Nunca tinha reparado. Será que na de luz está escrito “Cpf na nota, senhora?”




segunda-feira, 27 de julho de 2009

Me esquenta?


Sei que faz frio
Mas não tanto quanto deveria
Aquele frio que deixa os movimentos mais lentos
A ponta do nariz vermelha
E a boca com vontade de beijar
O que faz a gente colocar expectativa em alguém/algo
é a nossa própria incapacidade de ação
Quando não tomamos frente das coisas
somos fadados a viver como ratos na gaiola
Esperando estímulos de fora para tomar decisões
É tão mais fácil perceber que toda e qualquer capacidade
de mudança está dentro de nós.
E não importa se está 14, 24 ou -2 graus
(mas mesmo assim peço: me esquenta?)
E se puder, faz meu coração sair pela boca quando for me abraçar

quarta-feira, 22 de julho de 2009

SP 14 GRAUS


Como é bom ter uma cama de casal só pra você...dá pra se virar pra todos os lados sem se preocupar se você está ou não espancando a pessoa que tá dormindo com você.


Mas tenho que confessar que essas noites de frio não tem sido fáceis...Faz uma falta ter alguém pra dar aquela aquecida que nem o melhor cobertor do mundo ou o edredon mais fofinho conseguem superar. A pele é mesmo insubstituível. Não há solteirice que aguente.


Combinei com um amigo ( solteiro) de dormir com ele nas noites mais frias que 14 graus.


É uma boa opção. E se seu amigo for legal pode até deixar você dormir de meia sem se importar!


Será que teremos inverno esse ano?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

BREAKFAST IN BED


Hoje, feriado em São Paulo, acordei sem despertador pela primeira vez em semanas. Fiquei enrolando na cama quando me deu uma enorme vontade de tomar o café da manhã ali. Claro que a minha vontade era a de receber o café, feito por alguém, com muito carinho. Se fosse de surpresa, então!


Mas como a realidade é outra, criei coragem, levantei e fui à cozinha preparar um café da manhã com tudo que tinha direito: pães, geleia, requeijão, bolo, fruta e café. Lembrei que havia ganhado da minha tia uma daquelas bandejas de comer na cama. Perfeito! Arrumei todos os itens na bandeja e voltei pro quarto. Liguei a televisão e fiquei ali uma meia hora, me deliciando com o pequeno banquete e com a sensação de que estava num hotel sendo servida pelo room service.

Recomendo. O dia passou e agora, de noite, vejo que o melhor momento de hoje foi aquele lá. Onde eu estava sozinha, curtindo um singelo café preparado por mim. Tudo bem simples, como a vida deveria ser.


Agora estou indo jantar em cima da mesma bandeja. Só que dessa vez vou estar na sala assistindo Friends. E não trocaria esse momento por nenhum restaurante francês.


Cada dia que passo sozinha aprendo a valorizar as pílulas de felicidade diária e cotidiana.

domingo, 5 de julho de 2009

ALGUÉM


Tenho trabalhado muito nos últimos 15 dias. Muito mesmo. Num ritmo quase humanamente impossível. Tenho vivido à base de Pharmaton e Red Bull. Almoçar e jantar tem sido verbos raros no meu dia-a-dia.


Fiz essa introdução dramática, porém verdadeira, pra justificar o meu post.


Faz muita falta ter alguém pra cuidar da gente nessas horas.


Alguém que se preocupe com o nosso cansaço e faça um jantar gostoso ou uma massagem nos pés na volta pra casa.


Alguém que vá ao banco pagar uma conta vencida( que a correria se encarregou de esquecer)

Alguém que vá ao supermercado comprar a banana e o café que acabaram.


Alguém que diga : não precisa fazer nada hoje. Apenas tome um banho que do resto trato eu.


Alguém que nos leve pro trabalho de manhã cedo pra gente poder dormir mais um pouco no carro.


Sei que você pensou que eu estou querendo/precisando de um namorado. Pode até ser. Mas agora releia todas as frases que começam com “Alguém”. Será que as ações propostas nelas não podem ser perfeitamente realizadas por uma governanta e um taxista?

domingo, 28 de junho de 2009

SERÁ?

Quando a vida da gente está emperrada , será que faz sentido esperar que um encontro, um amor, uma paixão se encarreguem de nos dar um novo rumo?

O amor surge quando está na hora de a gente se transformar ou, então, é por amor que a gente se transforma.

Os encontros acontecem a cada esquina: difícil é enxergá-los e deixar que eles nos transformem, ou seja, difícil é ter coragem de vivê-los.

Se você procura um grande encontro amoroso, sempre use calçados confortáveis, porque nunca se sabe quantos quilômetros se estenderão suas deambulações amorosas.

O diálogo que leva ao amor, que dá a cada um a vontade de se arriscar, não surge da sedução e do charme, mas da coragem de nos apresentarmos por nossas falhas, feridas e perdas.

Essas frases foram retiradas da coluna do Contado Calligaris, na Folha de São Paulo dessa semana. Achei o texto tão bonito que resolvi reescrever acima as partes que mais me tocaram. O amor é mesmo a razão, o porque e o que nos motiva a querer crescer e nos tranformar? Será que sozinhos não somos mesmo tão fortes? Será que o amor que sentimos pela nossa família e amigos não é o suficiente ?

Só o amor nos transforma?

Engraçado, mas justamente agora, que não estou amando ( um homem) sinto que foi quando mais me transformei. E percebo que quanto mais me transformo mais sinto que estou ficando melhor para o próximo relacionamento. Ou seja, será que estou me contradizendo ao pensar que me transformo sozinha para outra pessoa que nem sequer está comigo ainda?

O ato de estar sozinho é o ato de nos lapidarmos para outra pessoa que vai surgir?

terça-feira, 23 de junho de 2009

MANIA DE VOCÊ


Por que será que é tão difícil pra quem mora sozinho dividir o espaço com alguém?

Às vezes penso que jamais consiguirei dividir meu espaço com mais alguém, seja um namorado, marido ou mesmo uma amiga.
Me sinto um pouco invadida quando outra pessoa vem dormir aqui em casa. E é engraçado como na maioria das vezes meus hóspedes quebram as coisas. Uma amiga quebrou um interruptor, outra a descarga e um amigo quebrou duas, duas vezes o chuveiro! Meu apartamento não é nem um pouco novo e algumas coisas, confesso, tem o seu jeitinho, mas daí a destruir todas as coisas de “apertar e abrir” da casa acho que já é um pouco demais!

Por isso, quando ou se me casar, por mais que eu tenha a minha casa ( e ele tenha a dele) vamos precisar de um terceiro lugar para ser de nós dois. Sem as manias da minha e nem as da dele.

Só com as manias que a nossa casa nova criar.


As minhas manias, independente da casa, são:


-Tampa da privada sempre abaixada

-Porta do banheiro sempre fechada

-Luzes de ambientes sem gente apagadas

-Papel acabou, rolo trocado

-Pia sujou de pasta de dentes, pia lavada ( é só passar uma água)


Que me lembre de cabeça são essas.


Será que sou muito chata? Será que estarei fadada a morrer só? Ou melhor, acompanhada apenas das minhas manias e das manias da minha casa?


E isso é ruim?

segunda-feira, 15 de junho de 2009

DOS DIAS DE SOLIDÃO



ATEMÓIA
Amo e odeio e às vezes só gosto
E as vezes gosto de ficar só
Mas na maioria dos dias queria cozinhar pra alguém
Alguém que gostasse da minha comida
E que depois lavasse a louça
(Não precisa secar)
Alguém que tenha providenciado uma sobremesa pronta
Ou que tenha feito uma torta desmanchada
(Que são as mais gostosas)
Se for de limão…
Senão deixa que eu descasco uma fruta
Gosta de atemóia?
Parece fruta do conde mas é mais doce
(Tenho certeza que tem leite moça lá dentro)
Tenho certeza que tem um mundo lá fora
E a gente ia estar aqui dentro,
E o nosso mundo ia ser a louça escorrendo, o incenso queimando, o Ipod tocando
(E todo o resto que importar)
Às vezes falta acúcar
Mas sinto mais falta do sal

quinta-feira, 11 de junho de 2009

MINHA NAMORADA




Já escrevi uns posts atrás sobre a mania que as pessoas tem de associar solterice ao fato de morar sozinho.

E no dia 12 de junho é inevitável não falar do Dia dos Namorados.

O dia perfeito para:

-Companhias de celular bombardearem suas propagandas de compre um celular pra namorada que ela vai ficar ainda mais apaixonada.

-Os restaurantes ficarem lotados e atenderem mal os pombinhos.

-Os motéis, nem se fala.

-Os solteiros se deprimirem por não receber flores, nem cartas de amor, nem um aparelho celular.

Depois de exatos 8 anos me encaixando na turma dos que trocam de celular dia 12 de junho, esse vai ser o primeiro em que vou ter que me contentar com o meu aparelho made in china que só funciona quando quer.
E devo confessar que estou feliz. Porque na verdade estou namorando sim. Estou namorando a vida. E ela tem me reservado belas surpresas! Muito mais belas que qualquer homem poderia imaginar fazer pra mim e por mim.

Ela tem sido companheira incansável, carinhosa,sensível,divertida, nada ciumenta e sinto que todo o investimento que fiz nela ao longo desses 26 anos está sendo recompensado. Pois sei que estamos na mesma sintonia: apaixonadas uma pela outra. Na verdade não sei se deveria falar, mas acho que a gente se ama.

E o melhor dessa relação: não vamos ter que gastar um centavo amanhã. Pensando bem, meu celular Xing Ling tem dois chips e até tv. Pra que mais?

terça-feira, 9 de junho de 2009

ROUCA


Uma das coisas engraçadas de morar sozinha é a voz. Sim a voz.

Eu acordo cedo, nunca depois das 9. Mas se alguém me liga ao meio-dia e eu anda não saí de casa, a primeira pergunta que ouço é: - Tava dormindo?

Não! Não estava dormindo em plena terça-feira meio-dia. Simplesmente moro sozinha e as vezes demoro quase 4 horas para pronunciar a primeira palavra do dia. O que deixa minha voz com jeito de quem acabou de acordar.

Pode ser uma boa eu criar o hábito de começar a falar sozinha para aquecer a voz. Mas aí é muita neura: morar sozinha, falar sozinha...Não, não. É melhor eu continuar com a minha rouquidão matutina e deixar as pessoas pensando que tenho uma vida fácil e/ou desregrada.

sábado, 6 de junho de 2009

Have a nice trip!



Li na revista Vida Simples uma matéria muito legal sobre ser turista na sua própria cidade. Até aí normal.

O diferente foi a experiência solitária que o repórter teve. Ele saiu da casa dele( não lembro que bairro era e esqueci a revista no banheiro do aeroporto) e pegou um táxi rumo a um hotel na Liberdade. Chegou lá e fez o check in (com a recepcionista achando que ele era um freak, já que no local de origem da ficha de informação estava um bairro perto dali.)

Ele foi pro quarto, se instalou e depois desceu para ter um dia de turista sozinho aqui em Sampa. E concentrou-se bem na Liberdade, um bairro cheio de surpresas e japoneses, ou seja, o lugar perfeito pra fotografar sem culpa e sem vergonha. Ele tirou um monte de fotos, descobriu um pub japa só com gente de lá, fez amigos e voltou ao hotel. No dia seguinte tomou aquele café da manhã com direito a ovo mexido e bacon e pegou um táxi de volta ao lar.

Viajar é uma coisa que difiicilmente pensamos em fazer sozinhos, a não ser que seja para nos "curarmos" de alguma coisa ou de alguém. Mas ao mesmo tempo há amizades e descobertas ( até sobre nós próprios) que só conseguimos se estivermos longe daqui apenas com a nossa mochila nas costas. E mais ninguém.

Para quem ainda resta dúvidas se tem ou não coragem de encarar outra cidade ou até outro país sozinho, começar pela sua própria cidade é uma boa uma opção. E pode ser bem divertido.

Have a nice trip!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Um dia de domingo


Tenho um hábito que nenhum amigo meu ( nem os mais íntimos) acredita. Vou à missa, sozinha, quase todos os domingos.


Mais uma terapia de graça. Vou à missa das sete e meia da noite. Além de ser uma terapia mental e espiritual, ainda consigo perder uns quilos de tanto que choro. Saio de lá uns dois quilos mais leve.


Quando vou à missa com alguém nunca consigo ficar completamente à vontade. O choro fica engasgado. Bem diferente de quando vou sozinha.


Essa missa que vou é a dos carismáticos, que para quem não sabe, é uma corrente da igreja católica mais, digamos assim , animada. A gente bate palma, balança o folheto com as mãos pro alto e canta. Como canta! E é nas músicas que eu mais choro. A reflexão que eu faço naquela uma hora e quinze não passa de uma análise de como foi a semana que passou e o que espero para os próximos 7 dias.


A questão aqui não é discutir religião muito menos converter alguém. Decidi escrever esse post porque acho que essa sensação é possível de se sentir em qualquer religião. Seja na sinagoga, no templo ou no terreiro. Basta se entregar ao que você acredita.


E sozinho de corpo é mais fácil encontrar Deus de alma.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

SERÁ QUE NESSA NOVELA VOCÊ NÃO QUER SER MEU AMIGO?

Desde que estou solteira e morando sozinha tem acontecido um fenômeno engraçado.

Tenho vários amigos homens. E muitos deles, que durante meus relacionamentos só mantinham contato por e-mail, scraps e conversas à toa no msn, passaram a me ligar e/ou mandar sms.

Alguns enviam/ligam até de madrugada. No meio do jogo do meu time. No domingo à tarde. E quase sempre sem nenhum assunto específico. Teve um que tinha acabado de me dizer que estava de namorada nova. E uma hora depois lá estava um sms de amigo, mas cheio de indiretas. (Tudo bem, esse não está no hall dos amigos, brothers, mesmo…não depois dessa atitude! Será que ele pensou que o fato de eu estar solteira significa estar disponível pro que der e vier? E se eu falar que o cara é famoso, ainda por cima? Piora ou melhora a situação? E se eu falar que a namorada é mais famosa ainda?)

Agora a questão é: eu estou mais aberta ( e livre!) na minha relação com eles? Ou só agora eles sentem vontade e ( e sentem-se à vontade) para manter um contato mais intenso comigo, sabendo que não há mais um terceiro homem entre nós?

Estou muito , mas muito feliz com o ressurgimento e até aparecimento desses amigos.
Só que bem lá no fundo tenho medo que algum deles (tirando o fulano que já entendeu) entenda mal essa minha receptividade. E não queira mais ser meu amigo. E queira ser mais que meu amigo.
E eu só quero ser de mim mesma agora. Porque além de eu ser a minha melhor amiga, sou a melhor companhia que posso e quero ter por enquanto.
Por enquanto.

domingo, 24 de maio de 2009

DICAS PARA CONTINUAR SOLTEIRA



- Vá ao cabeleireiro duas vezes por semana


- Sempre saia de casa com no mínimo: rímel, corretivo, blush e gloss


- Não dispense o salto nem pra ir à feira


- Faça depilação completa (mesmo no inverno)


- Compre uma roupa nova pra cada sábado de balada forte


- Leia todas as dicas de como arrumar um namorado nas revistas femininas


- Nunca deixe a olheira de sheik árabe gritar


- Nunca, em hipótese alguma, deixe o cabelo enrolar. Chapinha sempre!


- Vá à muita balada que só tenha homens lindos e podre de ricos


- Esconda as espinhas que saem no período menstrual

Moral da história:
O cara certo é justamente o cara que vai te achar bonita do jeito que ele mais vai te ver se as coisas derem certo: com a cara lavada, com os defeitos e com a beleza que só a naturalidade pode trazer.
Quando a sua olheira de sheik árabe estiver gritando, o cabelo estiver à la Elba Ramalho e você estiver vestindo aquele jeans que te deixa sem bunda, pode ter certeza que alguém especial está por perto.
No meu caso, nas últimas relações com caras realmente legais eu estava da seguinte maneira quando os conheci:

Cara 1- Com o cabelo molhado, tênis e sem uma gota de corretivo.
Cara 2- Com a testa cheia de espinha
Cara 3- Com cara de sono, às 8:30 da manhã, e roupa velha.

Por isso, como não quero que ninguém especial apareça tão cedo,tenho tomado alguns cuidados básicos como: ir à padaria de salto alto, à academia maquiada e ao supermercado de vestido longo.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

GOLAAAAÇO


As noites de quarta-feira têm (ainda tem acento?) sido mais uma das sessões de terapia que tenho feito sozinha e de graça. E não estou me referindo a nenhum tipo de meditação ou relaxamento. Falo de futebol. Amo assistir futebol. E gosto mais ainda quando assisto sozinha. Nunca tive muitos namorados que fossem tão fã do esporte quanto eu. Então já faz algum tempo que tenho essa prática solitária.

Na última quarta-feira, o meu time do coração, o Internacional, eliminou o Flamengo da Copa do Brasil num jogão. Agora imagina a cena: eu, com uma latinha de cerveja na mão, um pote de salgadinho sabor pimenta mexicana chamado GOLAÇO ( Não aguentei quando vi o pacotinho no supermercado! Pensei: “Só pode ser uma aviso, algum golaço há de sair hoje a noite!”). Quando tive um minuto de conciência feminina a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi que eu estava muito perto de virar um homem.

Assistir futebol sozinha só tem uma desvantagem: na hora do gol do seu time. Eu pelo menos, me sinto uma idiota pulando sozinha no meio da sala. Na hora de xingar é legal, mas na comemoração falta um calor humano, alguém pra abraçar bem forte e gritar: É isso aí! Chupa goleiro fdp!

Voltando ao jogo de quarta, quando estava 1X1 e o Inter a 3 minutos de ser eliminado, meu pressentimento se tornou realidade. Aos 42 do segundo tempo veio o GOLAÇO que faltava pro meu time se classificar. Desde as seis da tarde , no supermercado, eu já sabia que isso ia acontecer. Mas mesmo assim roí todas as unhas. E mesmo me sentindo uma idiota, pulei sozinha no meio da sala.





segunda-feira, 18 de maio de 2009

A gente não quer só comida...

Desde que moro sozinha, sozinha mesmo, dei uma relaxada em matéria de alimentação. Dá uma preguiça de picar cebola, alho, sujar panelas, pratos, talheres ,colheres de pau...e no fim só você comer. E o pior, tanto trabalho não compensa se for pra fazer só um pouquinho... Isso significa ter que comer a mesma comida por pelo menos uma semana. Argh!

Quando já estava comendo um strogonoff de frango há 4 dias, descobri através de uma amiga, a oitava maravilha do mundo pra quem vive só.

Chama-se TV Dinner. É um kit de comida que vende no Santa Luzia feito especialmente pra esse público. É tudo uma delícia ( uma mistura de comida de restaurante com comida de vó, sabe?). E as combinações são super bem elaboradas: tem medalhão de mignon com risoto de alho-porró, frango ao molho mostarda...Custam uma média de R$16. Pra mim um prato dá pra duas refeições. Seis minutos no microondas ( agora é micro-ondas,né?) e pronto. E se a preguiça estiver absurda ( como quando eu tirei as fotos) dá pra comer no próprio prato da embalagem.

E o nome não podia ser mais sugestivo: TV Dinner. Eu não consigo sentar na mesa da sala pra jantar sozinha. Só em frente à tv mesmo.

Se ninguém legal te convidou pra jantar essa noite, descongelar um TV Dinner e se jogar no sofá também pode ser divertido...ainda mais se tiver passando um Friends na tv.




quinta-feira, 14 de maio de 2009

SERÁ?

Terça-feira li a minha coluna preferida da Folha, do jornalista português João Pereira Coutinho.

O que queria deixar como reflexão é uma pergunta cuja resposta não paro de tentar encontrar desde então e que tem tudo a ver com o tema do blog:

Será que paz significa ausência da presença humana?

segunda-feira, 11 de maio de 2009

"PATROA"


Essa noite tive um sonho que eu não tirei da cabeça o dia inteiro. Sonhei que eu estava me mudando...saindo da minha casa...indo não sei pra onde nem sei com quem. Não era isso o que importava. Eu estava no meu quarto fazendo as malas quando minha faxineira aparecia. Quando eu olhei pra ela senti um aperto. Nunca mais vou ver a Terezinha! Ela tinha o cesto de roupa suja vazio nas mãos e me perguntava o que faria com aquilo, agora que eu não viveria mais ali.

Foi simples...mas fiquei pensando nos significados...Quem mora sozinho e tem alguém de confiança pra limpar a casa, acaba criando um vínculo estranho com a pessoa. Não sei se é bom ou ruim, mas é estranho.

É bom porque deixo a minha casa nas mãos dela sem me preocupar...e quando volto ela fez muito mais do que eu pedi.

É ruim porque com esse sonho percebi que pra mim seria muito difícil mandá-la embora caso um dia não consiga mais pagar ou tenha que me mudar.

Ela vem às sextas-feiras e sempre comenta que eu sou a sua única "patroa" que vive sozinha e que sou a mais legal.

Será que quando eu estiver casada com três filhos e a casa toda virada do avesso ainda vou ser a patroa preferida da Terezinha?

Talvez sim. Isso não tem a ver com a quantidade de pessoas dentro de casa. Tem a ver com a maneira com que fomos educados a tratar as pessoas que trabalham pra gente.

E no caso da Terezinha, a julgar pelo carinho com que ela faz meu suco de laranja e cuida das minhas plantas, não fiquei tão espantada com o aperto que senti no sonho.

Se fosse verdade, acho que sentiria igual.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

HEXOMEDINE



Morar sozinha é maravilhoso. Mas especificamente em duas situações que vivenciei essa semana outra pessoa debaixo do mesmo teto fez muita falta.

Situação 1: Tenho um vestido lindo. Mas o zíper fica na parte de trás, e vai da cintura até o pescoço. Tentei todas as possibilidades. Puxei com a mão esquerda, com a direita, pus a cabeça pra frente, pra trás, deitei na cama e nada….Não consegui fazer o zíper passar da metade das minhas costas.

Situação 2: Estou doente. Nada dramático, mas passei a noite acordando e colocando hexomedine na garganta, morrendo de frio e com o nariz escorrendo. (Não. Não é a H1N1) Não tinha ninguém pra que eu pudesse reclamar ou pedir uma força. E o pior foi acordar ruim e não ter ninguém pra poder contar sobre a noite mal dormida. Nem pra pedir: me faz um café com leite quentinho com três gotas de adoçante e traz na cama pra mim?

É tão bom poder deixar a casa bagunçada, lavar a louça quando (ou se) tiver vontade, não arrumar a cama, etc. Mas ao mesmo tempo de vez em quando seria bom saber que alguém vai chegar. Mas só de vez em quando mesmo.

E quando e enquanto ninguém chega, levanto da cama tremendo de frio e me esquento na boca do fogão ligado enquanto preparo meu café com leite.

E se melhorar e for sair de casa, um jeans (com zíper na frente) vai ser a melhor opção. Pensando bem, aquele vestido nem é tão lindo assim.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

DON´T COME CLOSER OR I´LL HAVE TO GO

Tem uma música que é que mais tem tocado no meu defasado e pobre Ipod. É conhecida de quem já assistiu o filme Into the Wild ( Na Natureza Selvagem). Chama-se Guaranteed ( algo como “com certeza”).

A música é perfeita pra se ouvir sozinho. É incrível o poder que ela te dá ali, naqueles minutos, de repensar a sua vida inteira.

Escutar essa música tem sido a minha terapia.

E a minha frase preferida é Don´t come closer or I´ll have to go.
Sinto um aperto no estômago quando chega nessa parte.

Não chegue mais perto do que você está porque não sei o que posso fazer, talvez seja melhor assim, senão eu vou ter que ir porque não posso estar na mesma sintonia. Talvez não é nem que não possa, talvez não queira apenas.

Pelo menos por enquanto.

Mas aí, no final da música ela mostra que a gente fica preocupado demais com as consequências de tudo que sentimos e acaba com qualquer teoria ao dizer que “I knew all the rules but the rules did not know me”.

As regras só conhecem elas próprias. Nada mais que isso.

E é bem melhor se surpreender conhecendo as exceções. Guaranteed.


Faça uma terapia sozinho e for free:

http://www.youtube.com/watch?v=O3SxCph5I1Q

sábado, 2 de maio de 2009

Todos querem ser Vik Muniz ( Mas saber e não fazer é não saber)

Ontem fui à exposição do Vik Muniz no Masp. Sempre me interessei pelo trabalho dele desde a primeira vez que li uma entrevista sua na Trip de uns dez anos atrás.
Já havia ido a algumas outras exposições dele -bem menores-, enfim.
Ontem estava com uns amigos e rolaram várias discussões no decorrer do percurso ( com muuuuita fila...)

Primeira delas: o que ele faz é arte original ou uma mera reconstrução de algo já criado?

Segunda: As imagens são manipuladas?

Terceira: Os diamantes são de verdade?

Quarta: Será que qualquer um não seria capaz de colocar um monte de peça de computadores velhos em cima de um desenho do mapamundi?

Minha resposta, como a mais leiga das leigas no quesito artes plásticas: tanto faz.

O que conta é o quanto as obras dele te instigam, te aguçam a curiosidade de descobrir como ele chegou ao resultado final e a mensagem que muitas passam. O quanto a gente despreza as coisas mundanas, que podem sim serem transformadas em obras de arte.

E não me interessa muito que tudo faça sentido. Que tudo tenha uma explicação. Nem que tudo seja original.

Vik Muniz muitas vezes se baseia em obras conhecidas e as recria sobre outra ótica. Isso é fato. Mas e se qualquer um pode fazer uma obra de arte como Vik Muniz, por que ninguém nunca fez?

Saber e não fazer é não saber.

A realidade não existe. O que existe é a percepção da realidade. E aí não importa se os diamantes são verdadeiros ou da 25 de Março.




quarta-feira, 29 de abril de 2009

Prenez Soin de Vous *

* Cuide de você

Esse é o nome da nova exposição de uma artista francesa chamada Sophie Calle. Não a conheço, nunca vi uma obra dela mas já sou sua fã.

Vamos lá às minhas razões. Ela tinha um relacionamento com um escritor francês. Mas era um relacionamento tranquilo, cada um morava na sua casa, etc. A única "regra" da relação, o que não é difícil de imaginar, era a fidelidade. Muito bem. Passado algum tempo, ela estava em Berlim e recebe um e-mail no blackberry. Um e-mail não. Um parágrafo. Dizia mais ou menos assim: " Eu te amo mas não posso suportar a "regra" que você impôs de eu não ter outras mulheres. Cuide de você."

É isso. Simples como tudo. Eu e quase todas as mulheres que conheço cortariam os pulsos, no mínimo.

Mas sabem o que a incrível Sophie fez? Transformou o e-mail em exposição. Contactou dezenas de mulheres de várias áreas ( psicólogas, professoras de gramática, atrizes, assistentes sociais e até uma criança de 9 anos) para interpretar o tal e-mail. Todas elas foram foram filmadas ou fotografadas e o resultado a gente vai poder conferir a partir de 10 de julho no Sesc Pompeia.

Pra mim ficou a lição. Levou um fora? Foi traída? Tá na fossa? Não há nada que um final de semana com Haggen-Dazz de Strawberry Cheesecake e uma temporada do Friends não cure.

Ou , se for criativa e iluminada como a Sophie, deixe a imaginação rolar e exorcise as suas frustações de maneira a ainda tirar bons frutos delas. Ah! E é claro, cuide de você.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Living Alone



Uma ótima surpresa! Ontem à noite passei na banca pra comprar umas revistas e descobri uma nova. Living Alone . Na verdade a publicação já existe há um ano, mas eu só prestei atenção agora.

Talvez porque só agora me encaixe no público-alvo da revista: pessoas que moram sozinha.
Achei as matérias bem divertidas, e o melhor , não tem uma linha editorial metida à besta, querendo ser moderninha a todo custo...Não tenho a menor paciência...Vou confessar que era isso que imaginei que viria pela frente...mas paguei pra ver, ou melhor, pra ler, e não me arrependi.

Tem dicas de decoração, de viagens, de programação cultural... tudo voltado pra pessoas que moram sozinhas ( mas que não necessariamente estão sós, ou seja, descomprometidas). Na verdade li isso no editorial e comecei a pensar: é engraçado como as pessoas associam o fato de alguém morar sozinho à solteirice. Quando uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Já dividi apartamento com amigas e era solteira, morei junto com o meu último namorado e agora estou pela primeira vez vivendo a dupla solidão. Ou a dupla oportunidade de estar a sós comigo mesma. Ou seja, muito bem acompanhada.
"A liberdade é a possibilidade de isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo."


(Eu, na minha casa. Comemorando o aniversário e me redescobrindo sozinha.)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Eu quero a sorte de uma amor tranquilo com sabor de fruta mordida


Equação perfeita:
Amor Tranquilo ( sem cobranças, ciúmes, nhenhenhe, seguro e pleno de si, com habilidade pra dizer mais sim do que não) + Sabor de Fruta Mordida ( paixão, que não sei como, continua após anos, frio na barriga, coração disparado e todos os clichês apaixonados possíveis)

O pior é que eu sei que isso existe. Mas não queria acreditar no amor perfeito. Seria tão bom achar que ele é apenas uma flor.

domingo, 26 de abril de 2009

Vômito de milho

Várias vezes já passou pela minha cabeça ter um blog. Mas sempre me dava uma preguiça...
Agora, neste exato momento, hoje, às 23:41, domingo, 26 de abril de 2009, não sei porque, achei que era a hora.
Depois vou fazer o mapa astral pra ver se é destino ou um mero acaso.

Já é abril e ainda não decorei as novas regras ortográficas. Sexta li no Guia da Folha: Geleia Geral. Cadê o acento agudo????Que aflição!!!

Tô com um pouco de dor de estômago porque comprei no Pão de Açúcar um creme de milho ( comprei também um frango a milanesa e um arroz a grega) que estava com gosto de vômito. Fica naquela seção de comidas prontas do próprio supermercado...Nunca mais...

Vômito de milho. Uma ótima maneira de se acabar um fim de semana.

E de começar um blog.